Identificando notícias falsas e promovendo uma comunicação cidadã
Material de apoio da oficina Identificando notícias falsas e promovendo uma comunicação cidadã do Programa Agentes de Governo Aberto da Prefeitura Municipal de São Paulo, ciclo 2020 .
processos de participação na tomada de decisões desenvolver processos que estimulem a integridade e responsabilização do poder público e seus agentes fomentar a criação e uso de ferramentas de inovação tecnológica e social garantir a transparência por meio do acesso às informações públicas
público bastante diversificado. Ao todo, serão realizadas mais de 1.000 horas de oficinas, entre 15 de setembro e 13 de dezembro! As oficinas são gratuitas e certificadas. Para receber o certificado, é preciso preencher o formulário de avaliação ao final da oficina.
em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC, onde pesquisa tecnologia e questões étnico-raciais. É professora universitária, pesquisadora membra do NEAB-UFABC (Núcleo de Estudos Africanos e Afro- brasileiros), do grupo de pesquisa Desigualdades Sociais no Brasil e do Grupo PARES (Pesquisa em Análise de Redes Sociais). @tais_so taisoliveira.me
• Usem o chat para comentários e perguntas; • Se eu não souber responder algo, me comprometo a procurar; • Se apresentem brevemente dizendo: nome, cidade/estado, área de atuação e motivação para participar da oficina.
discurso de ódio; • O papel das plataformas; • Checagem dos fatos; • Contranarrativas em rede; • Checagem na prática; • Considerações e partilha; • Recados e finalização.
uma dinâmica própria dentro do jogo: os veículos de comunicação tornam-se novos espaços de disputa e novas ferramentas de persuasão, além de incorporar outros atores nos pleitos políticos. (PENTEADO & FORTUNATO, 2015)
ganham importância (conhecimento) perante a sociedade, criando espaços de disputas simbólicas (discurso político) que a afetam como um todo. (PENTEADO & FORTUNATO, 2015)
propagação de conteúdo com custo reduzido e alcance; o Recursos multimídia; o Novas formas de organizar o conhecimento; o Meio não regulado e de difícil regulação. Internet BRAGA, 2018
não é a melhor maneira de falar deste fenômeno. Isto por que a produção de uma notícia segue princípios éticos e processos que visam garantir a veracidade e credibilidade da informação.
falsas ou manipuladas nas conversações mediadas por computador. Uma das principais consequências disso, na mídia social, é o efeito de “falso consenso” (SOON; GOH, 2018), que se refere a uma impressão de consenso onde as pessoas tendem a acreditar naqueles discursos que a maioria dos demais parece apoiar. (RECUERO, 2020)
o Espalhamento rápido e alcance amplo; o Automação e robôs para a difusão do conteúdo; o Manipulação fotográfica, clickbaits, teorias da conspiração, sátira e paródia de notícias reais, fabricação de notícias, propaganda política, rumores e boatos. RECUERO, 2020
da senzala às favelas, cortiços, porões, invasões, alagados e conjuntos ‘habitacionais’ (cujos modelos são os guetos dos países desenvolvidos) dos dias de hoje, o critério também tem sido simetricamente o mesmo: a divisão racial do espaço." (GONZALEZ, 1982)
e morrer (PINTO, 2016). E o corpo negro, que é nomeado à violência da exclusão, ao controle e vigilância pela manutenção do sistema, é um corpo que representa perigo ao poder em diferentes percepções. (ALMEIDA, 2019)
sua execução. Dias após sua morte, ela foi atacada virtualmente em forma de fake news, e o objetivo dessa viralização de notícias falsas tentaram esvaziar a potência e a figura política que ela representava, tornando sua execução mero resultado de causa e consequência das pautas que ela lutava e defendia. (SANTOS, 2019) As Fake News como instrumento de naturalização da morte de pessoas negras envolvendo agentes do Estado: caso Marielle Franco | Caroline Santos
pelo menos 33 links difamatórios na página da rede social Facebook – número que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou retirar em oito de outubro de 2018 –, os quais, somando o alcance desses posts, havia 146.480 compartilhamentos e 5.190.942 visualizações. (GADELHA & KERR, 2019)
sobre Covid-19 no Twitter (RECUERO, SOARES & ZAGO, 2020) Os resultados apontam para uma maior atividade na divulgação de links pró-hidroxicloroquina, grupo onde também circula a maior quantidade de desinformação e de veículos hiperpartidários. Do mesmo modo, a circulação de veículos de mídia tradicional e institucionais é bastante reduzida neste grupo, fortalecendo a associação entre mídia hiperpartidária e desinformação.
artigos de publicações selecionadas. Há uma ‘nova ordem mundial’ a partir de 2012, onde discurso de ódio tornou-se parte do cenário digital global. No Brasil se destaca o discurso de ódio de cunho racista contra pessoas negras. Um suposto "colour-blind"; ambientes virtuais e off- line não são dissociados; mecanismos de buscas reforçam as desigualdades; racismo algorítmico (DANIELS, 2009; NOBLE, 2018; SILVA, 2020).
para controlar a propagação do COVID-19 Conjuntos de dados sobre como a desinformação promove a percepção imunológica da pandemia de COVID-19 na África Principais desafios da liberdade da mídia na Melanésia: crise climática, liberdade na Internet, notícias falsas e Papua Ocidental Um problema Mundial
“Em todo o mundo, estamos vendo uma onda perturbadora de xenofobia, racismo e intolerância [...]. As mídias sociais e outras formas de comunicação estão sendo exploradas como plataformas para o fanatismo. Os movimentos neonazistas e de supremacia branca estão em marcha. O discurso público está sendo armados para ganho político com retórica incendiária que estigmatiza e desumaniza minorias, migrantes, refugiados, mulheres e os chamados ‘outros’.” “O discurso do ódio é uma ameaça aos valores democráticos, à estabilidade social e à paz.” “Combater o discurso do ódio também é crucial para aprofundar o progresso na agenda das Nações Unidas, ajudando a prevenir conflitos armados, crimes de atrocidade e terrorismo, acabando com a violência contra mulheres e outras violações graves dos direitos humanos e promover sociedades pacíficas, inclusas e justas.”
as causas, motivações e atores do discurso de ódio; • Engajamento e suporte de vítimas do discurso de ódio; • Convocação de atores relevantes; • Engajamento com as novas e tradicionais mídias; • Uso da tecnologia; • Uso da educação como ferramenta para conter o discurso de ódio; • Promoção de sociedades pacíficas, inclusivas e justas para abordar as causas e os direcionadores do discurso de ódio; • Engajamento em Advocacy; • Desenvolvimento de orientações para comunicações externas; • Alavanque de parcerias; • Desenvolvimento de habilidades ONU; • Apoio a membros do Estado. Compromissos-chave:
no dia 30 de junho; o Relatório já revisado por organizações da sociedade civil, pesquisadores e ativistas, mas ainda há problemas; o Sobretudo em relação à privacidade, a proteção de dados, ao acesso à Internet e a liberdade de expressão.
de 40 organizações acadêmicas e da sociedade civil que atuam na defesa dos direitos digitais – propôs sugestões ao texto em discussão, em contribuição para a elaboração de uma lei efetiva e democrática para enfrentar o fenômeno da desinformação.
dos fins econômicos) 2. Identificação de usuários (Vai contra preceitos constitucionais e contra a Lei Geral de Proteção de Dados) 3. Rastreabilidade (Requerimentos abusivos de informações pessoais e para as plataformas) 4. Liberdade de expressão dos usuários (A decisão estaria majoritariamente nas mãos das plataformas) 5. Relatórios de transparência (Transparências nos processos de moderação e publicidade) 6. Impulsionamento e publicidade (As plataformas devem garantir a identificação dos responsáveis) 7. Atuação do poder público (Ads nas redes sociais em campanhas eleitorais conste da prestação de contas) 8. Conselho de Transparência na Internet (Técnico e multissetorial para a implementação da lei) 9. Autorregulação regulada (Fortalecimento da ouvidoria prevista e papel dos órgãos) 10. Sanções (Aprimoramentos sobre as esferas de sanções) 11. Jurisdição (Reconhecimento da soberania e da jurisdição do país) 12. Exclusão digital (Exclusão do cidadão que não tem possui dois documentos) Propostas da CDR sobre a PL das Fake News | 01 de setembro de 2020 Tópicos problemáticos e sugestões da CDR:
InternetLab sobre as eleições de 2019/2020 A reinvenção do marketing político não desprezou ainda outro aspecto essencial da transformação no setor de mídia e publicidade: a coleta e o tratamento de dados pessoais. Essa foi a lógica por trás da atuação da Cambridge Analytica, empresa que ofereceu serviço fundamentado em modelagem psicométrica para campanhas políticas, customizando mensagens de marketing a partir da personalidade dos indivíduos visados pelas Campanhas [...] A Cambridge Analytica foi contratada por duas campanhas políticas de grande porte vitoriosas, a de Donald Trump e a pela saída do Reino Unido da União Europeia.
por WhatsApp durante as eleições Relatório do Internet Lab sobre as eleições de 2018 Estaria o WhatsApp possibilitando a circulação de conteúdo de desinformação (incluindo notícias falsas) com potencial de influir no resultado das eleições? O caráter privado dessa ferramenta de comunicação, todavia, impõe restrições para a análise e compreensão do que efetivamente circulou durante as eleições via WhatsApp, da origem dessa comunicação (se orgânica ou oficial da campanha), e do impacto que ela possa ter tido.
o “impulsionamento” como única forma permitida de propaganda eleitoral paga na internet, porém esse termo é vago; o Doação de banco de dados; o Mensagem em massa via Whatsapp e números estrangeiros. Mensagens em massa no Whatsapp
por WhatsApp durante as eleições Relatório do InternetLab sobre as eleições de 2018 Sistemas de machine learning foram construídos para detectar comportamentos abusivos no momento do cadastro, a partir de padrões de envio de mensagem e comportamento na plataforma, e pelo acúmulo de denúncias de usuários. De acordo com a plataforma, cerca de dois milhões de contas foram banidas mensalmente por comportamento abusivo entre os meses de novembro/2018 e fevereiro/2019.
um processo para verificar a conformidade das organizações de fact- checking com seu código de princípios. Para tanto, os signatários foram avaliados em doze critérios diferentes, que incluem metodologia pública, listagem de financiadores e compartilhamento claro de fontes. Dezesseis meses após o estabelecimento do processo de verificação, ser signatário do código de princípios começou a ser considerado um distintivo que assegura maior confiabilidade por parte do público, pesquisadores, doadores e plataformas tecnológicas. Inclusive, o Facebook exige que seus parceiros de verificação de fatos sejam signatários verificados pela IFCN. (VETRITTI, 2019)
é a primeira agência de checagem do Brasil; Acompanha o noticiário de política, economia, cidade, cultura, educação, saúde e relações internacionais; Aplica a metodologia de checagem baseada em 8 passos para entender “quem fala”, “o que fala” e “que barulho faz”; Aplica a metodologia Lupa baseada em oito passos:
frase que pretende trabalhar; Levantamento de tudo o que já foi sobre o assunto; Consulta bases de dados oficiais; Consulta informações públicas; Se necessário solicita informações via LAI; Se necessário vai a campo; Pode recorrer a análises de especialistas para contextualização.
tem como objetivo "fiscalizar o poder"; Acompanham declarações de políticos e autoridades de expressão nacional, de diversas colorações partidárias; Aplicam metodologia baseada em 7 etapas:
Consulta quem divulgou a informação para checar a veracidade; Procura-se fontes de origem confiável; Se necessário, consulta fontes oficiais; Se necessário, consulta fontes alternativas; Contextualizam; Classificam a declaração em uma das sete categorias do Aos Fatos.
a declaração ou a informação são condizentes com os fatos e não carecem de contextualização para se mostrarem corretas. O selo IMPRECISO só se aplica a declarações. Quando a afirmação recebe o selo IMPRECISO, significa que necessita de contexto para ser verdadeira. Ou seja, em alguns cenários, é possível que a declaração em questão não se aplique. O selo EXAGERADO só se aplica a declarações. É para quando elas não são totalmente falsas, mas estão quase lá. Um político disse que fez 100 mil creches, mas fez 80 mil? EXAGERADO.
declarações. Serve àquelas cujas premissas não podem ser refutadas nem confirmadas. Ou seja, serve para quando não há fatos, dados ou qualquer informação consistente que sustentem a afirmação. O selo CONTRADITÓRIO é usado apenas em declarações, quando o conteúdo da declaração checada é objetivamente oposto ao de afirmações ou ações anteriores atribuídas à mesma pessoa ou instituição que ela representa. O selo DISTORCIDO é usado apenas para boatos e notícias com conteúdo enganoso. Serve para aqueles textos, imagens e áudios que trazem informações factualmente corretas, mas aplicadas com o intuito de confundir. Se uma afirmação ou uma notícia ou um boato têm informações sem qualquer amparo factual, eles recebem o selo FALSO. É simples. Basta que os dados disponíveis a contradigam de forma objetiva.
a desinformação; É uma iniciativa sem fins lucrativos; O projeto reúne jornalistas de 28 diferentes veículos de comunicação do Brasil; O objetivo é identificar e enfraquecer as técnicas de manipulação e disseminação de conteúdo enganoso; Verificam informações de sites, aplicativos de mensagens e redes sociais. Não checam comunicados oficiais ou afirmações públicas de políticos ou outras autoridades.
funciona nos seguintes passos: O jornalista colaborativo compartilha notas, experiências e passos de verificação; Três redações participantes revisam e validam os passos de validação e as conclusões obtidas; Um jornalista ou editor do Comprova escreve o relato para o site explicando os passos de checagem e o contexto.
de fatos sobre o processo eleitoral. • A iniciativa integra o Programa de Enfrentamento a Desinformação nas Eleições 2020, que atualmente mobiliza mais de 50 instituições, entre partidos políticos e entidades públicas e privadas, para enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação relacionada à democracia.
comunicadores e influencers; O foco é em gerar e disseminar conhecimento e diálogo sobre a desinformação; Os workshops propõe que as redes sociais sejam usadas para aproximar, informar, discussão de liberdades e responsabilidades civis, como evitar o compartilhamento de notícias falsas e comunicação não violenta.
essas regras e ajudar os influenciadores a entenderem seu papel e responsabilidades no pleito eleitoral, o InternetLab e o Redes Cordiais lançam o Guia para influenciadores digitais nas eleições 2020, que traz luz a esta questão, expondo qual a relação dos influenciadores com o debate político-eleitoral e quais os princípios que devem ser levados em conta para participar de campanhas eleitorais.
parceria com o Avaaz A Gabi Oliveira é youtuber no canal De Pretas e lançou uma série de vídeos sobre desinformação em parceria com a Avaaz. Os vídeos tratam de como notícias falsas desarticulam o movimento negro, sobre o assassinato de Marielle Franco, assassinato do jovem Marcus Vinicius, o caso do Caio Revela que sofreu fake News motivada por gordofobia e o caso da jornalista Bianca Santana que é alvo de fake news pelo presidente eleito.
aba de Notícia; Leia o texto, além da manchete; Observe o endereço (URL); Leia outras notícias do mesmo site; Observe se há erros de ortografia; Verifique se a matéria é assinada; Acompanhar as Agências de Checagem; Consultar a Transparência Ativa; Seguir jornalistas e pesquisadores nas redes sociais; Compartilhar e produzir conteúdo educativo; Pressionar as plataformas; NÃO COMPARTILHE DESINFORMAÇÃO E DISCURSO DE ÓDIO.
próximas: www.prefeitura.sp.gov.br/agentesdegovernoaberto Quer agendar oficinas? Entre em contato com a Supervisão para Assuntos de Governo Aberto [email protected]