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Empreendedorismo de Mulheres Negras

Taís Oliveira
November 22, 2021

Empreendedorismo de Mulheres Negras

A apresentação 'Empreendedorismo de Mulheres Negras - Economia étnica, afroempreendedorismo e o papel das mulheres negras' foi realizada no curso projeto de extensão Produção e reprodução do conhecimento em Heliópolis:
fortalecendo as bases de um bairro educador, uma parceria entre a UNAS – União de Núcleos e Associação de Moradores de Heliópolis e Região e a UFABC – Universidade Federal do ABC.

Taís Oliveira

November 22, 2021
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  1. EMPREENDEDORISMO DE MULHERES NEGRAS . Me. Taís Oliveira Economia étnica,

    afroempreendedorismo e o papel das mulheres negras
  2. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Taís Oliveira

    é relações-públicas pela Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), Mestre e doutoranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC (UFABC). Estuda Ciência, Tecnologia e Sociedade com intersecção de raça e gênero. Sua dissertação pesquisou afroempreendedorismo no Brasil a partir das redes sociais na internet. Trabalha com dados, pesquisa e comunicação no terceiro setor, pesquisadora membra do Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros (NEAB/UFABC) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN).
  3. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Nome Idade

    Bairro, cidade ou região Profissão / Local de trabalho
  4. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Dona Nalva

    a senhora minha mãe Feira Preta completa 20 anos
  5. REDES SOCIAIS NA INTERNET E A ECONOMIA ÉTNICA: UM ESTUDO

    SOBRE O AFROEMPREENDEDORISMO NO BRASIL
  6. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Ao observar

    a crescente manifestação do Afroempreendedorismo no Brasil, sobretudo nas mídias sociais, despertou-se o questionamento empírico a respeito do tema. Portanto, buscamos responder se é possível aplicar a Teoria da Economia Étnica na análise do Afroempreendedorismo e elencar as aproximações e distanciamentos entre os dois tópicos.
  7. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Historicidade da

    População Negra no Brasil. Identidade Racial na cultura digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. INTERDISCIPLINARIEDADE E BASE TEÓRICA
  8. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Historicidade da

    População Negra no Brasil. Identidade Racial na cultura digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. Pressupõe uma rede estratégica para circular negócios, oportunidades de emprego e capacitação técnica entre a comunidade e o reforço e valorização da identidade étnica (BONACICH, 1973; LIGHT, 2003, 2005, 2013; GOLD, 1989; GARRIDO & OLMOS, 2006).
  9. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Historicidade da

    População Negra no Brasil. Identidade Racial na cultura digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil.
  10. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Historicidade da

    População Negra no Brasil. Identidade Racial na cultura digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. Da subsistência ao Afroempreendedorismo: uma outra economia é possível? No estado da arte sobre Afroempreendedorismo há a demarcação territorial, estudos que tem como ponto de partida a atuação de grupos ou associações e grande parte dos trabalhos foram publicados muito recentemente. Resumo em: O que os brasileiros estudam sobre Afroempreendedorismo.
  11. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Historicidade da

    População Negra no Brasil. Identidade Racial na cultura digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil.
  12. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Historicidade da

    População Negra no Brasil. Identidade Racial na cultura digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. Como afirma Moura (1992), a trajetória da população negra no Brasil confunde-se com a formação histórica e social da própria nação. Marcos históricos: período escravista, pós abolição, políticas de incentivo à imigração (para outros grupos étnicos), comunidades e movimentos negros, políticas públicas de reparação.
  13. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Historicidade da

    População Negra no Brasil. Identidade Racial na cultura digital. Teoria da Economia Étnica e o Afroempreendedorismo no Brasil. A apropriação da internet, plataformas e tecnologia como suporte para a formação de comunidades e de manifestações a partir do fator racial. Formação de identidade de modo geral (GILROY, 2007; CANCLINI, 2015; CESAIRE apud MOORE, 2010; QUIJANO, 2005; MUNANGA, 2012; GOMES, 2005). Discussões estabelecidas na Black Digital Humanities (GRAY, 2016; GALLON, 2016; FREELON et al (2016a; 2016b; 2018), NOBLE & TYNES, 2016; DANIELS, 2012).
  14. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira Levantamento de

    perfil e dados qualitativos. Aprofundar informações levantadas no formulário. Compreender as estruturas a partir da representação no ambiente digital. Mapear trabalhos anteriores. Revisão Sistemática Análise de Redes Sociais na Internet Formulário Online Entrevistas Semiestruturadas
  15. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira taisoliveira.me/redes/dissertais/ Uma

    rede de atributos diversos, não homogêneos e com representações que demonstram especificidades. Valorização da estética negra, aproximação com questões político-sociais, veículos de comunicação com demarcador racial, artistas negros. Elementos que não permeiam especificamente a prática Afroempreendedora, mas que sugere um entrelaçamento com a própria identidade e vivência da população negra. Estrutura e relações do Afroempreendedorismo a partir da Análise de Redes Sociais na Internet
  16. Período de circulação: 15 de abril a 09 de maio

    de 2019 | 141 respostas. 69,5% de mulheres; Idade entre 26 e 41 anos (58,6%); 29,8% com grau Superior Completo e 22% com Pós-Graduação Completa. 58,2% são profissionais autônomos; 60,3% oferecem serviços; 62,4% tinham um emprego formal; 49,6% tem outras formas de obter renda. Perfil e percepções dos Afroempreendedores (Formulário) A maioria dos respondentes são mulheres, adultos entre 26 e 41 anos e com grau de escolaridade acima de superior completo. São autônomos formalizados e oferecem serviços. Grande parte tinha um emprego formal anteriormente, porém ainda mantém outras formas de obter renda. 72,5% são formalizados; A formalização de 74,3% é de MEI; 73% não tem funcionários; Faturam até 5 mil reais/mês (72,3%). 51,1% tem foco em temática negra 51,8% não tem foco em consumidores negros 92,2% tem interesse em movimentos sociais. Têm foco na temática negra, mas não necessariamente só em clientes negros. Se interessam por movimentos sociais. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira
  17. Perfil e percepções dos Afroempreendedores (Formulário) 85,1% sabem o que

    é o Black Money; 84,4% mantém contato; 94,3% preferem utilizar serviços ou comprar; 57,4% conhecem pessoas ou organizações. 61,7% afirmam que enfrentam dificuldades em ser um Afroempreendedor. 98,5% afirmam utilizar a internet para atividades de sua empresa . Eles sabem o que é e praticam o Black Money. Grande parte diz conhecer pessoas ou organizações que promovem o Afroempreendedorismo. Entre as dificuldades estão a falta de credibilidade com possíveis clientes, fornecedores ou em visitas a lugares, acesso ao crédito bancário e o racismo explícito. Usam internet para o envio de mensagens, redes sociais, para participar de grupos, site ou blog da empresa, pesquisas de mercado e tendências, organização e gestão, reuniões, entre outras. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira
  18. Espaço de mobilização; Escolas de idiomas; Pesquisa de mercado; Consultorias;

    Produção cultural; Conta digital (fintech); Clube de assinaturas; Estabelecimentos estéticos negra; Confecção e vendas de moda e acessórios. O próprio Afroempreendedorismo; Atividades relacionadas à educação; Movimento negro; Feminista; Mulheres negras; Movimentos relacionados à arte e estética; Movimento hip hop. Emprego formal; Atividades autônomas; Consultorias; Atividades relacionadas à espiritualidade; Apoio de renda da família; Estágio; Aposentadoria; Bolsistas; Aluguel de imóveis; Usufruto do FGTS. Busca por propósito; A realização de um sonho; Autonomia e flexibilidade; Oportunidade; Necessidade; Idade avançada. Perfil e percepções dos Afroempreendedores (Formulário) Razão Alternativa Movimentos Atividades Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira
  19. Perfil e percepções dos Afroempreendedores (Formulário) Adriana Barbosa; Monique Evelle;

    Nina Silva; Luana Teoffilo; Maitê Lourenço; Paulo Rogério. Movimento Black Money; Feira Preta; Afrobusiness; BlackRocks Startups. Aparecem ainda citações a grupos originados no Facebook, como A Ponte para Pretx, Preta comprando de Preta e Publicitários Negros. Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira
  20. Jaciana Melquiades Era Uma Vez o Mundo Rio de Janeiro/RJ

    Wanessa Yano Ayê Acessórios São Paulo/SP Michele Fernandes Boutique de Krioula São Paulo/SP Evandro Fióti Laboratório Fantasma São Paulo/SP Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque (Entrevista Semiestruturada) Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira
  21. São citados os mesmos problemas em relação ao acesso financeiro,

    situações de racismo e a descrença em perspectivas ao contexto político. Há um contraponto entre os resultados do formulário sobre a relação estabelecida entre os Afroempreendedores. Há o resgate de valores, representação de identidades, ícones históricos negros e laços afetivos. As mulheres são destaque, os negócios partem de uma problemática racial ou por falta de referências representativas e existe uma aproximação com temas políticos e sociais. Todos apontam a internet e suas ferramentas como essencial para a existência, crescimento e permanência dos negócios (relevância e hackear o sistema). Sobre a luta antirracista ser uma luta anticapitalista, os entrevistados discordam e afirmam que empreendimentos de não-negros que estabelecem suas práticas no mesmo sistema e não são questionados, embora concordem que o racismo estrutural é inerente ao capitalismo. Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque (Entrevista Semiestruturada) Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira
  22. Reforço e orgulho identitário; Senso de comunidade; Auto emprego e

    consumo; Respostas a uma sociedade hostil. Formação da população negra no país. Discurso empreendedor num contexto de pejotização; Necessidade de políticas públicas; Racismo estrutural. Aproximações Distanciamentos Pontos de atenção Considerações sobre Economia Étnica e Afroempreendedorismo Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira
  23. Referências bibliográficas Empreendedorismo de Mulheres Negras | Me. Taís Oliveira

    OLIVEIRA, Taís; LIMA, Dulcilei C. Mulheres e tecnologias de sobrevivência: Economia Étnica e Afroempreendedorismo. In SILVA, Tarcízio (org). Comunidades, Algoritmos e Ativismos Digitais: olhares afrodiapóricos. LiteraRua: São Paulo, 2020. [Link] OLIVEIRA, Taís. Redes Sociais na Internet e a Economia Étnica: breve estudo sobre o Afroempreendedorismo no Brasil. Anais do 41º Encontro do Intercom. Joinville, 2018. [Link] OLIVEIRA, Taís. Redes Sociais na Internet e a Economia Étnica: um estudo sobre o Afroempreendedorismo no Brasil. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas e Sociais) – Programa de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal do ABC, 2019. [Link] BlackRocks Startup. Blackout - Mapa das Startups Negras. São Paulo, 2021. [Link]