de plataformização; o A partir de diferentes perspectivas acadêmicas sobre plataformas: estudos de software, economia política crítica, estudos de negócios e estudos culturais; o A plataformização é definida como a penetração de infraestruturas, processos econômicos e estruturas governamentais das plataformas digitais em diferentes setores econômicos e esferas da vida; o A plataformização também envolve a reorganização de práticas e imaginários culturais em torno dessas plataformas.
tratam da evolução da noção de "plataforma" até chegar no termo "plataformização"; o Exemplificam com perspectivas de diversas áreas, como de negócios, comunicação e computacional; o São perspectivas diferentes, mas que se complementam: interesses e esforços de negócios para desenvolver mercados de dois lados auxiliam no desenvolvimento de infraestruturas de plataformas.
como infraestruturas digitais (re)programáveis que facilitam e moldam interações personalizadas entre usuários finais e complementadores, organizadas por meio de coleta sistemática, processamento algorítmico, monetização e circulação de dados.” (p.03)
para "plataformização" como "processos"; o Para tratar de plataformização como uma ferramenta conceitual crítica, é importante combinar diferentes abordagens e compreensões: 1. Estudos de software > essa linha de pesquisa é focada nas fronteiras das infraestruturas das plataformas, com suas histórias e evolução. 2. Estudos na área de negócios > destacam os aspectos econômicos. 3. Estudos em economia política crítica > destaca exploração do trabalho, vigilância e imperialismo. 4. Estudos culturais > enfatizar a importância de considerar as práticas dos usuários baseadas em plataformas ao analisar a plataformização. o Embora essas quatro perspectivas nos forneçam diferentes focos e interpretações sobre plataformização, os autores argumentam que elas não são mutuamente excludentes.
de negócios e na economia política, compreendemos plataformização como a penetração de infraestruturas, processos econômicos e estruturas governamentais de plataformas em diferentes setores econômicos e esferas da vida. E, a partir da tradição dos estudos culturais, concebemos esse processo como a reorganização de práticas e imaginações culturais em torno de plataformas.” (p.05)
autores propõem estudar três dimensões institucionais da plataformização como processos interativos que envolvem uma ampla variedade de atores, mas que também são estruturados por relações de poder fundamentalmente desiguais: 1. Desenvolvimento de infraestruturas de dados > as plataformas digitais transformam em dados práticas e processos que historicamente escaparam à quantificação >> metadados comportamentais. 2. Reorganização das relações econômicas em torno de mercados multilaterais > as plataformas constituem mercados bilaterais ou multilaterais, que funcionam como agregadores de transações entre usuários finais e uma grande variedade de terceiros. 3. Governança > por meio de interfaces, algoritmos e políticas >> muitas vezes há confrontos com regras, normas e estruturas regulatórias locais.
compreensão ampla do processo de transformação de um dos principais setores da sociedade e seus desafios; o É importante ir além dos focos específicos dos estudos de software, da área de negócios, da economia política e dos estudos culturais; o A plataformização só pode ser regulada de forma democrática e efetiva pelas instituições públicas se entendermos os principais mecanismos em ação nesse processo; o O desafio é integrar plataformas na sociedade sem comprometer as tradições vitais de cidadania e sem aumentar as disparidades na distribuição de riqueza e poder.
dimensões institucionais e culturais da plataformização é particularmente crucial, pois trará ao primeiro plano as correspondências e tensões entre, por um lado, infraestruturas das plataformas globais, arranjos de mercado e estruturas de governança e, por outro, práticas e instituições locais e nacionais.” (p.08)