| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira Taís Oliveira é relações-públicas (FAPCOM), Mestra e doutoranda em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC (UFABC). Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Sumaúma. Na academia se debruça sobre temas relacionados à Ciência, Tecnologia e Sociedade com intersecções de raça e gênero.
estratégias de resistência Dulcilei C. Lima e Taís Oliveira (link) 6º Seminário do Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia | UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira
de ferramentas tecnológicas como estratégias de resistência? 6º Seminário do Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia | UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira Em 2018, a iniciativa PretaLab – que é uma organização social que realiza ações para democratização das tecnologias – publicou o resultado de um levantamento que mapeou a inserção de mulheres negras e indígenas nas TICs. O artigo analisa esses dados em busca de compreender a apropriação de tecnologias por mulheres negras como estratégias de resistência. Foram analisados os dados estatísticos e depoimentos em vídeo, além de 15 projetos mencionados pelas entrevistadas onde se aplicou a Análise de Redes Sociais na Internet (ARS).
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira PERCURSO TEÓRICO | BRECHAS TECNOLÓGICAS • Brecha tecnológica ou techno-apartheid (Canclini, 2015); • Grupos subalternizados, pouco acesso à educação, limitações socioeconômicas, discriminação linguística, marginalização territorial, subestimação de saberes e baixa legitimidade jurídica são fatores que enfatizam a dificuldade de acesso e uso de ferramentas tecnológicas; • A brecha tecnológica de gênero (Collado, 2008) é caracterizada em três divisões: o acesso a equipamentos tecnológicos e internet; o uso das ferramentas digitais e internet; e a produção das tecnologias.
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira PERCURSO TEÓRICO | BRECHAS TECNOLÓGICAS Natansohn (2015:260) defende que não basta garantir às mulheres o uso das ferramentas, é fundamental ― incluí-las nas criações tecnológicas, na criação de códigos e softwares, nas decisões macro e micropolíticas.
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira PERCURSO TEÓRICO | CONTEXTO O acesso à internet pela população negra e de baixa renda ocorre de forma acentuada: • no aquecimento econômico dos anos 2000; • acesso ao crédito facilitado; • popularização de redes sociais (Orkut); • criação de programas como Programa Computador para Todos e a instalação de Telecentros em alguns territórios; • barateamento dos smartphones; • popularização de ferramentas como Facebook e Whatsapp;
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira PERCURSO TEÓRICO | IDENTIDADES E TECNOLOGIA • O "usuário comum" tem a capacidade de se tornar propagador de suas próprias mensagens (Silveira, 2008); • As tecnologias também produzem sentido em seres socialmente situados e esses fazem de seu uso um espaço para manifestações políticas, comerciais, de propagação de opiniões, de associações e formação de comunidades por interesse (Hine, 2015; Lemos, 2015); • Compartilhar conteúdos que dão ênfase às características raciais dão aos usuários um sentimento de pertencimento (Daniels, 2013);
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira PERCURSO TEÓRICO | IDENTIDADES E TECNOLOGIA • A identidade dos movimentos negros contemporâneos reforçam a cultura ancestral, fortalece os laços de solidariedade entre o grupo e ressalta aspectos políticos baseados nas exclusões sociais decorrentes do racismo (Munanga, 1999; 2012); • A identidade negra se constrói com a intersecção de múltiplas variáveis sociais, políticas, históricas e culturais (Gomes, 2005); • As interações discursivas cotidianas por pessoas negras a partir da apropriação das tecnologias são uma continuação do esforço secular de lutas sociais e políticas empregados por populações negras escravizadas em todo o mundo (Gallon, 2016).
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira LEVANTAMENTO PRETALAB | DESTAQUES • 58,3% dessas mulheres negras estão localizadas no sudeste; • O levantamento da PretaLab se debruçou sobre o uso e desenvolvimento de tecnologias; • Para Silvana Bahia "a questão das tecnologias é muito mais do que um conhecimento técnico, ela é uma questão política"; • O que se entende por tecnologia: "é o processo que engloba eletrônica, robótica e inteligência artificial, mas também - e talvez principalmente - a experimentação com fazeres outros que podem ser tradicionais e analógicos"; • O escopo amplo da definição de tecnologia e das funções exercidas é um aspecto positivo pois engloba quem não atua formalmente, mas está de algum modo inserida no campo da tecnologia.
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira LEVANTAMENTO PRETALAB | DESTAQUES • São jovens entre 17 e 24 anos (35,8%) e entre 25 e 29 (24,8%); • Sobre como tiveram contato com a área de tecnologia: 415 por meio da escola, faculdade ou outro centro de ensino formal; 346 por meio da internet e 313 mencionaram ter também adquirido conhecimentos em grupos de apoio que reuniam pessoas negras e/ou indígena; • O que fazem da tecnologia: Comunicação digital (255), Pesquisa de qualquer natureza (188), Empreendedorismo digital (133), Desenvolvimento de software (118) e Sistema de redes, processamento de dados (105).
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira As páginas relacionadas à comunidade de tecnologia formam a grande comunidade e se relaciona com intensidade com as outras temáticas como tecnologia, inovação, games e política; há demarcadores territoriais; reforço e valorização de identidade da mulher negra; há dialogo com academia, setor público e iniciativa privada. REDE NEGRAS IN TECH
de ferramentas tecnológicas como estratégias de resistência? 6º Seminário do Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia | UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira
| UFABC, 2022 | Me. Taís Oliveira As mulheres negras se apropriam das ferramentas com o intuito de propor soluções às brechas tecnológicas, sobretudo a brecha de conhecimento ao buscar meios formais e não-formais de obtenção de conhecimento para criação e manipulação de tecnologias, de modo a obter autonomia frente às TICs e fazer uso social das habilidades tecnológicas adquiridas na promoção de inovação e transformação social. Assim, observamos práticas genuínas e constantes de resistência e negociação diante dos processos de globalização e avanço tecnológico.