se as forças políticas com acesso ao sistema representativo se envolverem em atividades políticas, receberem incentivos para buscar seus interesses por essas instituições e tolerar resultados desfavoráveis; “Instituições fornecem regras para encerrar con fl itos.”
fi nindo ações que atores podem adotar, oferecendo incentivos e restrições, estruturando ações através dos interesses, moldando resultados coletivos ; Absorvendo-os: Fazendo com que forças políticas capazes de promover seus interesses de outras maneiras tenha incentivos para conduzi-las dentro do quadro institucional; para isso, poder dos atores dentro das instituições não deve estar muito distante de sua capacidade fora delas: “As instituições funcionam à sombra do poder não institucional." Regulando-os: Se os perdedores aceitarem os resultados determinados pela aplicação de regras institucionais
cientemente capaz de governar mas oposição tem voz importante na formulação de medidas ; A Democracia funciona bem quando as instituições estruturam, absorvem e regulam os con fl itos de acordo com as regras.; As eleições fracassam como mecanismo de processar os con fl itos quando seus resultados não têm impacto percebido na vida das pessoas, ou quando governantes abusam de suas vantagens a ponto de tornarem os pleitos não competitivos; Figura 1: Taxa de Aprovação de projetos do Executivo e Incidência de Distúrbios
e das normas da democracia ; "Democracia não dispõe de mecanismos institucionais que impedem que elas sejam subvertidas por governos devidamente eleitos segundo normas constitucionais” - pg. 90. (Nunca? À se re fl etir…) Sub-repção: Uso de mecanismos legais em regimes democráticos para fi ns antidemocráticos, que pouco a pouco destroem a capacidade da oposição de tirar o governante do cargo o que ampliem sua liberdade de formulação política;
que governos conseguem recon fi gurar partidariamente ou controlar os tribunais constitucionais e rever a Constituição para legitimar suas ações " A disputa por controlar tribunais é prevista na própria constituição. Deveriam então haver alguma espécie de normas que limitem o número de vagas indicados por um grupo?
democracia nessas circunstâncias: Quem não gosta das políticas do governo, vai se opor de qualquer maneira. Aqueles que apoiam as políticas de um governo que age sub-repticiamente avaliam em proporção diferentes o dano causado a democracia (ou seja, a chance do governo ser destituído por eleições). E há quem não dá a mínima para a democracia.
sub-reptícia só pode ser impedida se as pessoas que se preocupam com a democracia perceberem os efeitos dessas medidas no futuro distante e ajam desde o inicio ; Para isso, as pessoas que desfrutam das políticas desses governos precisam ver os efeitos de longo prazo das medidas; precisam saber calcular o efeito cumulativo de determinadas medidas aparentemente democráticas.
a subsistência da democracia depende das pessoas obterem informações que tendem a serem ótimas (consequênciasde longo prazo) e que acreditem e valorizem mais essas informações do que suas outras preferências (dentre elas, necessidades de curto prazo) ; "A conclusão só pode ser que muita gente não liga a mínima para a democracia, ou não percebe as consequências de longo prazo quando vota ou participa de pesquisas." Ou vêem outros problemas como prioritários a essas mudanças institucionais, ou mesmo não acreditam nessas consequências de longo prazo, que são muitas vezes questionáveis até por especialistas;
democracias liberais: parte é inerente à democracia representativa, parte é fruto das de fi ciências do sistema de instituições representativas : Ideia errônea de que nas eleições não há escolhas reais: Por mais próximas que sejam as propostas do partido, esses oferecem aquilo que acreditam que o eleitorado queira, ou seja, serão o mais próximos possível do centro da opinião pública para que assim ganhem eleições. Ainda que hajam poucas opções, elas buscarão re fl etir o eleitor médio e no limite suas diferenças se deverão a incerteza dos partidos em relação a preferências individuais.
coletiva faz com que individualmente ninguém se sinta capaz de decidir; o valor das eleições não está na in fl uência real do indivíduo, mas no fato da decisão coletiva ser fruto da soma das vontades individuais ; Além disso, numa sociedade com interesses con fl itantes ser governado quase sempre signi fi ca ceder a vontade dos demais e ir contra o que o indivíduo deseja ou acredita.
proteger o status quo, o que, de fato, favorecem as elites políticas do establishment. "Mas o povo não tem poder num sistema governado pelas elites. Não admira, portanto, que propostas de reformas institucionais que tornem a “voz do povo” mais alta e medidas de “democracia direta” dominem a agenda institucional populista.” (pg. 100) Nesse sentido, a crítica populista não tem certa razão? Não há uma certa contradição em recriminar a desigualdade e ao mesmo tempo reclamar da crítica populista às instituições tradicionais?
das pessoas não costuma sair vitoriosa. Em sistemas presidencialistas raramente o eleito fi ca com mais de 50% dos votos, e em parlamentaristas não se chega a 40%. Além disso, muita gente que vota nos vitoriosos se frustra. Com isso, é compreensível que muitas pessoas estejam insatisfeitas com o establishment ou o sistema ao verem mudanças sucessivas no governo sem alteração em suas vidas . O perigo real é que a democracia se deteriore sub-repticiamente com lideranças autoritárias, ou nos países onde esses grupos não cheguem ao poder os governos cedam demais no acolhimento de demandas nativistas e racistas e restrinjam liberdades civis sem melhorar as condições materiais
risco na maioria dos países, mas considera a insatisfação como algo perene. A crise tem raízes profundas na economia e na sociedade. Como já falamos por aqui, essa crise de insatisfação não seria o “normal" das democracias liberais? Períodos de satisfação não seriam de fato as excessões?
na própria constituição. Deveriam então haver alguma espécie de normas que limitem o número de vagas indicados por um grupo ? 2. Tendo em vista o caráter elitista e endógeno das instituições liberais, a crítica populista não teria certa razão? Não há uma contradição em recriminar a desigualdade e ao mesmo tempo reclamar da crítica populista às instituições tradicionais ? 3. Tendo em vista que a insatisfação é inerente ao sistema político e econômico atual, a crise de insatisfação não seria o “normal" das democracias liberais? Períodos de satisfação não seriam de fato as excessões?