Cap. 1 - The Oxford Handbook of Populism - NEPPLA (PT-Br)
Apresentação no Núcleo de Pesquisas NEPPLA sobre o capítulo 1 do livro The Oxford Handbook of Populism, tratando dos estudos sobre populismo e suas origens
popular”, na capacidade do “povo" de controlar os governos. Surge simultaneamente em 3 lugares, no fim do século XIX: • Nos EUA, com o US People’s Party • Partido marginal, hostilizava a elite política tradicional, os bancos e as ferrovias que estavam sendo construídas; • Na Russia, com o movimento Narodniki • Movimento revolucionário de estudantes citadinos que pretendiam instigar os camponeses a derrubar o regime tzarista, vivendo e aprendendo com aqueles; • Na França, com o Boulangismo • General Georges Boulanger, que instigava os trabalhadores, com um discurso nacionalista e condenando o regime parlamentarista em favor de um republicanismo pleblicitário radical;
características que futuramente seriam consideradas o central para o populismo: • Apelo direto ao povo, como virtuoso e prejudicado; • Oposição ao establishment; • Forte senso nativista;
início do século XX, com Hipólito Yrigoyen na Argentina (1916-22) e Arturo Alessandri (1920-25) no Chile; • Estudiosos da região distinguem diferentes ondas, com o período de 1940-50 como o período do “populismo clássico”: • Crise de legitimidade e incorporação política dos anos 1930, devido a migração urbana, ampliação dos direitos civis e políticos, o que facilitou discursos populistas de conciliação de classes e mobilização de setores até então excluídos; • Getulio Vargas, Haya de la Torre (Peru), Perón (Argentina);
90, com a transição democrática pós governo militar, há o surgimento de populistas com agendas neoliberais (Collor, Fujimori, Menem); • Debate sobre relações ambivalentes de populismo e democracia; • Nos anos 2000, surge uma nova onda de populismo radical de esquerda (Rafael Correa, Evo Morales, Hugo Chávez) • Promoveram vasta reformas institucional para demover as elites tradicionais e incorporar setores excluídos
moderna de populismo se dá com o Poujadismo, na França, em 1950 • Líder de um movimento contra impostos, Pierre Poujade organiza um movimento que se aproxima de pequenos empresários e instiga um sentimento anti establishment; • Em 1956 tem sucesso nas eleições para a Assembleia Nacional, tendo um de seus deputados Jean-Marie Le Pen, que posteriormente fundaria o Front National, um dos principais partidos europeus populistas de extrema direita atualmente;
passaram a focar no sucesso eleitoral e persistência dos partidos populistas radicais de direita; • Para alguns, as causas seriam a “revolução silenciosa” de valores pós- materiais; para outros, o colapso da ordenação pós guerra; • Recentemente, há novos tópicos de discussão: • Partidos populistas no governo (Austrian Freedom Party em 2000); • Populismo de esquerda: SYRIZA (Grécia), PODEMOS (Espanha);
específicas do mundo; • Estudos locais costumam desconsiderar literatura sobre outras regiões e tratar o fenômeno específico como geral; • Ou seja, não há a sistematização do conhecimento produzido de maneira satisfatória; profissionais resistem em usar trabalhos de outras regiões ou períodos históricos;
fornecem uma definição precisa do fenômeno, ainda que haja definições precisas na literatura, como as que veremos; • Em 14 revistas analisadas, a maioria das definições não se encaixa nas definições usuais de populismo (incluindo as que veremos a seguir); ou não apresentam uma definição ou o fazem de modo impreciso; • Pluralismo metodológico: se utilizam tanto de métodos quali quanto quanti; • Ausência de estudos comparativos entre regiões; • Casos analisados se concentram em América Latina e Europa; • Curiosamente, EUA tem um histórico reconhecido de figuras populistas (alguns autores falam em fenômeno endêmico), e mesmo assim não há muitas pesquisas sobre o país na CP; são mais comuns na história e no direito;