historiador. Atualmente é professor de história e ciência política na Universidade de Witwatersrand (África do Sul) e na Universidade de Duke (EUA). Em um de seus principais conceitos, a Necropolítica, desenvolve a ideia de que o poder social e político do sistema capitalista determina quem tem o direito de viver e de morrer.
um psiquiatra e filósofo político, cujo interesses perpassam os estudos pós-coloniais, teoria crítica e o marxismo. Fanon era um radical político, pan-africanista e humanista marxista. Se preocupava com a psicopatologia da colonização e as consequências humanas, sociais e culturais da descolonização.
independência da França; o Achille fala sobre o desenvolvimento das contribuições de Fanon em meio ao caos, abuso de poder, violência, guerra, etc; o A "saída da grande noite" é um forjar um sujeito humano novo mesmo em meio a esse caos; o Reafirma que Fanon se debruça em compreender e discutir os sofrimentos psíquicos causados pelo racismo e pelo sistema colonial; "Viver é simplesmente não morrer."
as lutas anticoloniais (revolução), as lutas anti-imperialistas (identidades) e a luta contra o apartheid (contra-insureição); o Achille dá ênfase na articulação que Fanon proporcionou a partir de correntes como o existencialismo, a psicanálise e o marxismo e como o pensador colaborou com o desenvolvimento de uma tradição africana diaspórica, principalmente nos circuitos do Atlântico (ref. Paul Gilroy); o As reflexões em África se tornam exemplo para as Américas, especialmente quanto às relações entre racismo e consciência de classe, colonialismo, capitalismo, nacionalismo, pan-africanismo e socialismo (ref. Os Condenados da Terra); "A África não é apenas o lugar a partir do qual Fanon pensa. É o próprio tema desse pensamento, bem como a sua matéria. E é à África que ele se dirige em primeiro lugar [...] A universalidade da obra de Fanon é assim inseparável da sua 'africanidade'.”
livros de referência para o pensamento pós-colonial; o Depois da consolidação do sistema capitalista, a "nova questão social" é focada no reconhecimento das identidades lesadas, da diferença e da alteridade; o No fim do século XX ocorre um processo de descentramento do mundo em vários campos do saber e Fanon é leitura obrigatória nesse movimento; "As preocupações de Fanon respeitantes às cisões do eu são objecto de atenção renovada e de um prolongamento que visa demonstrar que toda a diferença é, finalmente, uma questão de relação, de desejo e de ambivalência. Por outro lado, as suas teses sobre o poder dos homens e a lei da raça como estruturas elementares da formação do eu em situação colonial servem de ponto de partida para uma crítica da ética do tratamento psiquiátrico."
(retorna à) na lógica colonial de segregação racial e expropriação econômica; o A raça é demarcador de territórios, direitos, liberdades, de direito à circulação, etc; "A raça, deste ponto de vista, funciona a um tempo como ideologia, dispositivo de segurança e tecnologia de governo das multiplicidades. É o meio mais eficaz para abolir o direito, no próprio acto através do qual se pretende erigir a lei.“ "A sua consciência histórica foi particularmente sensível à sua própria inscrição no tempo – o tempo colonial, sem dúvida, o tempo das guerras e dos sofrimentos que elas geram no plano psíquico, mas, mais ainda, o tempo do mundo. O “preto” era a figura epifânica desse tempo do mundo, uma vez que, no “preto”, a própria ideia de raça encontrava o seu lugar de esgotamento."
nacionalismo anti-colonial, “socialismo africano” e o movimento pan-africanista. Para Mbembe essa tríade é limitada para entender as transformações sociais em curso; o Duas reconfigurações podem influenciar a vida cultural e a criatividade estética e política dos próximos anos: quem é africano e o reflexo nativista; o Quem é africano está relacionado a dois movimentos: a dispersão e a imersão; Dispersão: saída dos africanos, sobretudo pelo processo de escravidão. Atualmente, milhões de pessoas de origem africana são cidadãos de diversos países do globo; Imersão: diz respeito à minorias que se instalam no continente africano e que trazem suas concepções estéticas e políticas que se misturam nas "tradições" do território; o O reflexo nativista: apresenta um reforço da diferença e proteção dos costumes; faz uma distinção entre "os que são daqui" e "aqueles que vieram de outro lugar";
que recusa toda forma de identidade vitimizadora, o que não significa que ela não tenha consciência das injustiças e da violência que a lei do mundo infringiu a esse continente e a seus habitantes; o É preciso, portanto, seguir em frente se queremos reanimar a vida do espírito na África e, por consequência, as possibilidades de uma arte, de uma filosofia, de uma estética que possam dizer algo de novo e de significante ao mundo em geral; o Afropolitanismo: se nutre na fonte de múltiplas heranças raciais, de uma economia vibrante, de uma democracia liberal, de uma cultura do consumo que participa diretamente dos fluxos da globalização.